Feministas radicais difamam a genética
O feminismo radical já é um dos principais propagadores de informações falsas sobre genética.
Há anos encontro, com crescente frequência, alegações de feministas radicais de que o cromossomo Y está desaparecendo (uma falsidade que surgiu na imprensa há algum tempo que não faz o menor sentido), que não passa de um cromossomo X reduzido. (Relembrando, o sexo é determinado geneticamente pela presença de dois XX em mulheres e XY em homens.) Tudo isso é para tentar dar fundamento científico a uma ideologia de supremacia de um sexo sobre outro, propagada em grupos fechados e em universidades. Uma ideologia tão cega e assustadora quanto as ideias de supremacia racial da época da eugenia: ainda bem que essas ideólogas não têm poder para fazer nada com suas ideias tolas.
O cromossomo Y se comporta em algumas partes como um cromossomo homólogo do X, ou seja, tem genes em comum com ele. Sendo assim há alguns genes com um alelo no X e outro no Y. Mas também há genes que só estão no cromossomo Y. Genes essenciais do desenvolvimento do organismo masculino, sem o qual a espécie estaria extinta. O Y tem também regiões não-codificadoras de proteínas, chamadas satélites, que são usadas para testes de paternidade e estudos históricos da linhagem paterna (como o DNA mitocondrial serve para estudos da linhagem materna).
O problema dessas feministas radicais não é só invencionice pseudocientífica sobre cromossomos sexuais: é de lógica. Se o cromossomo Y é apenas um X mutilado, e se isso faz dos homens um sexo inferior; que diremos de todas as mulheres em cujos tecidos um dos cromossomos X está quase completamente inativado e menos funcional que um cromossomo Y? Se mutilação de um X leva à masculinidade, a inativação de um X levaria as mulheres a serem mais masculinas que os homens, nessa pseudogenética maluca, e mais inferiores. É um caso argumentativo de tiro que sai pela culatra. Ao menos é um alívio cômico diante de uma ideologia assustadora.